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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Leishmaniose - Um desafio de saúde pública para Campo Grande

  Hoje a leishmaniose é uma doença de grande importância dentro da cidade de Campo Grande, e devido a isto devemos conhecê-la bem e saber como nos previnir e proteger nossos cães. Para o controle de tal doença digo que cada um deve fazer a sua parte, pois o mosquito transmissor faz postura em matéria orgânica em decomposição, sendo assim, cuidando de seu ambiente, ou seja, mantendo o seu quintal sempre limpo sem acúmulo de folhas, recolhendo diariamente as frutas que caem ao chão. Se você proceder dessa forma e seu vizinho não, o resultado do seu esforço será em vão, pois o mosquito tem mobilidade de 100 metros de raio, ou seja, um morador que não cuida do seu ambiente pode estar contaminando o quarteirão todo.

  Procedendo dessa forma conseguiremos controlar o mosquito transmissor que é o grande vilão da leishmaniose e não os cães, que são simples hospedeiros e vítimas como nós.

  Quando temos cães como animais de estimação devemos por obrigação e respeito mantê-los sempre em boas condições de higiene e saúde, devemos observar sempre se estes estão com atitudes diferentes como inapetência, apatia, claudicações (mancando) e também quanto a sua aparência, se estiver com queda de pêlos principalmente em torno dos olhos (conhecido como óculos), descamações, lesões que não cicatrizam, procure o veterinário de sua confiança, pois só este através de exames laboratoriais pode concluir o diagnóstico do seu companheiro, e tomar as devidas providências.

  Hoje o diagnóstico da leishmaniose tem progredido muito, estamos cada vez mais com segurança para dizer se um cão é positivo ou não, aconselho que, na dúvida, não pense duas vezes antes de fazer vários exames para chegar a uma conclusão, principalmente se o animal for assintomático, pois este pode ser um portador são que é a pior forma da doença, pois proprietário e veterinário não estarão tomando as providências cabíveis.

  A prevenção no cão é realizada através de coleira com inseticida (cipermetrina), vacinas (temos duas no mercado), produtos repelentes de mosquito (citronela), e principalmente manter os cães em excelente estado de saúde, pois o protozoário causador da doença é oportunista, e quando inoculado em um organismo debilitado vai aproveitar e se instalar causando sofrimento e óbito.

  Tendo qualquer dúvida procure um veterinário, que é o profissional mais capacitado para conduzir os procedimentos para um diagnóstico definitivo e eficaz.

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Juci Pereira
Médica Veterinária graduada pela UFMS em 1993
Pós Graduada em Saúde Pública e em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais
Proprietária e Responsável Técnica da PETIT BICHON Clínica Veterinária e Petshop em Campo Grande - MS. 

Um comentário:

  1. Juci, parabéns pelo Blog!!! Eu e a Miuchinha estamos sempre lendo e acompanhando seu trabalho. Graças a você a Miucha está firme e forte. Um grande beijo e fique com Deus.

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